Estomatite por nicotina

Em particular, o "tabagismo" geralmente leva a doenças graves da cavidade oral, sendo a mais comum a estomatite por nicotina.

Até o momento, não há consenso sobre seu mecanismo de desenvolvimento. Nem todos os fumantes a desenvolvem, pois, além do cigarro, fatores concomitantes, como hábitos alimentares (especialmente o gosto por alimentos picantes, ácidos e quentes), higiene bucal inadequada ou insuficiente, consumo de bebidas alcoólicas fortes, uso de determinados medicamentos e certas reações alérgicas , desempenham um papel importante na sua ocorrência.

O que é estomatite por nicotina?

A estomatite é uma inflamação da membrana mucosa da cavidade oral, que aparece inicialmente como vermelhidão local e inchaço da superfície interna das bochechas, gengivas e/ou língua.

Um fator importante que contribui para a inflamação da mucosa é um desequilíbrio na flora microbiana da cavidade oral.

A estomatite por nicotina tem suas próprias características que a diferenciam de outras estomatites. Em particular, o foco da inflamação está no céu da boca. Isso ocorre porque, ao tragar um cigarro, é o palato que é afetado principalmente por entrar em contato direto com a fumaça do tabaco.

Felizmente, nosso corpo é construído de tal forma que, sob constante ameaça e com o passar do tempo, ele aciona um mecanismo de proteção. Nesse caso, ele desenvolverá um tecido epitelial mais denso, áspero e queratinizado, que substitui o epitélio normal após um episódio de inflamação crônica, a fim de se proteger do efeito nocivo da fumaça.

Causas da estomatite por nicotina

De acordo com os dentistas, a estomatite por nicotina tem uma origem multifatorial . Ela pode ser causada por uma diminuição da imunidade, por:

• Problemas no sistema digestivo.
• Tabagismo habitual.
• O aumento de microrganismos patogênicos.
• Lesões menores nas membranas mucosas.
• O uso de determinados antibióticos.

Tudo isso na presença do fumo.

A estomatite nicotínica é mais comum em fumantes de cachimbo ou fumantes reversos (que inalam pela extremidade acesa do cigarro).

Geralmente é diagnosticada durante um exame físico ou odontológico de rotina, pois muitas vezes passa despercebida.

Sintomas da estomatite por nicotina

Os sintomas da estomatite por nicotina são conhecidos pela maioria dos fumantes, mas nem sempre são atendidos. A boca seca após fumar ou o mau hálito devido ao fumo, que geralmente são os primeiros sinais da doença, são frequentemente negligenciados.

Depois disso, os principais sintomas são gengivas e membranas mucosas vermelhas e inchadas e sensações dolorosas ao comer, falar ou fumar.

Em casos graves, a estomatite pode ser complicada pelo acréscimo de uma infecção bacteriana, em que a língua fica coberta por uma espessa camada branca, úlceras purulentas aparecem na membrana mucosa, o paciente é acometido por uma dor intensa na cavidade oral, não consegue abrir a boca, a temperatura corporal pode aumentar e o estado geral pode se deteriorar drasticamente.

A estomatite recorrente não é apenas dolorosa e desagradável, mas é uma fonte constante de infecção dentro do corpo. As feridas dolorosas na boca impedem que o paciente mastigue os alimentos adequadamente e afetam a digestão e o bem-estar geral do fumante.

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Tratamento e prevenção da estomatite por nicotina

Quando se trata de estomatite nicotínica, os remédios naturais e outros tipos de tratamento podem fazer a diferença. Muitas vezes, a estomatite nicotínica se resolve espontaneamente e não é necessário nenhum tratamento específico. Em outros casos, na presença de formas graves e agressivas, recomenda-se um tratamento específico para evitar o agravamento da situação clínica do paciente.

O tratamento terapêutico a ser adotado para tratar a estomatite nicotínica na boca baseia-se em várias práticas que levam em conta a gravidade da situação clínica. Em geral, os tratamentos mais eficazes são a aplicação de corticosteroides nas lesões e o uso de enxaguatórios bucais antissépticos específicos, como a clorexidina.

Os enxaguatórios bucais com clorexidina são frequentemente recomendados para controlar quimicamente os microrganismos e prevenir ou tratar infecções nesses pacientes. Outro tratamento pode ser uma sessão de terapia a laser para reduzir os sintomas e o tempo de cicatrização.

É sempre recomendável ter uma boa higiene bucal diária para evitar o aparecimento desses problemas. Além disso, os médicos também recomendam manter uma boa dieta com uma ingestão adequada de vitaminas, cálcio e ferro.