Como evitar as complicações orais pós-cirúrgicas mais frequentes em nossa clínica?

Autor: Vinicius Rabelo

Graduação em Odontologia

Serviço de Emergência Odontológica de Piracicaba, Brasil

Universidade Federal da Bahia, Brasil

evitar complicações pós-cirúrgicas

Autores: Dr. Vinicius Rabelo e Dr. Eduardo Fregnani

Diante de tantas inovações na área médica e odontológica, de pacientes com maior expectativa de vida e de pacientes com doenças crônicas e polimedicados, saber mais é uma necessidade. Além disso, estamos na era da odontologia/medicina baseada em evidências, na qual cada especialista utiliza critérios para a tomada de decisões clínicas por meio de um processo individual de integração da experiência clínica, das preferências do paciente e das diretrizes produzidas pelas melhores evidências científicas.

Avaliar e identificar situações

O dentista deve estar preparado para avaliar e identificar situações que exijam modificações nos procedimentos convencionais. Uma anamnese completa e minuciosa, procurando saber quem é o seu paciente, em que contexto físico, mental, social e cultural ele está se inserindo e identificando suas queixas e preocupações são essenciais. O questionário deve abranger todas as condições médicas comuns, mas a entrevista é essencial para explorar possíveis falsos positivos, falsos negativos e outras informações potencialmente relevantes. A incapacidade de reconhecer um fator de risco para o tratamento odontológico e de modificá-lo de acordo com as necessidades observadas é um indicador importante de perda de confiança ou possível fracasso do tratamento.

Cerca de 25% dos pacientes que procuram tratamento odontológico têm pelo menos um fator sistêmico potencialmente relevante. Devido aos avanços da medicina, há um aumento notável na sobrevida de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DNTs), como doenças cardíacas, câncer, acidente vascular cerebral, substituições de próteses, entre outras.

Assim, a odontologia deve buscar a multidisciplinaridade entre diferentes profissões e interagir com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros, entre outros que atendem esses pacientes.

Origens das complicações orais pós-tratamentotcirúrgicas

Existem diferentes origens para as complicações orais pós-tratamento.tcomplicaçõescirúrgicas. Podemos citar as de origem hematológica, doenças subjacentes (diabetes, hipertensão arterial sistêmica, síndromes raras, osteoporose), uso de drogas ilícitas, infecções, eventos hemorrágicos e também diferentes aspectos do tratamento do câncer, que podem incluir quimioterapia, radioterapia e uso de medicamentos antirreabsortivos.

Assim, os dentistas devem observar os seguintes pontos para evitar as complicações pós-cirúrgicas mais frequentes em sua rotina clínica:

  • Prevenir: infecções, hemorragias, osteonecrose, osteoradionecrose.
  • Controle: dor, alterações no processo de cicatrização, episódios de sangramento.
  • Manter: funções orais de mastigação, deglutição e fonética.
  • Gerenciar: possíveis complicações orais e sistêmicas em pacientes com problemas de saúde.

Prevenção de infecções pós-cirúrgicas

Para a prevenção de infecções pós-cirúrgicas, o uso de profilaxia antibiótica, quando precisamente indicado, deve respeitar os requisitos técnicos recomendados por diretrizes publicadas na literatura com o mais alto rigor científico. Em geral, o uso profilático de antibióticos em odontologia segue princípios relacionados ao estado imunológico dos indivíduos a serem tratados, à presença de sinais sistêmicos que indiquem a disseminação da infecção e àqueles relacionados à prevenção da endocardite infecciosa. É sempre prudente lembrar que o uso profilático de antibióticos continua sendo uma questão controversa na odontologia e deve ser avaliado caso a caso, levando em conta o risco e o benefício de sua indicação.

Medidas de acompanhamento

Outras medidas adjuvantes podem ser implementadas, como a indicação do uso de enxaguatórios bucais à base de digluconato de clorexidina a 0,12%(KIN Gingival Complex) mesmo no período pré-cirúrgico imediato (5 a 7 dias), quando a intenção é reduzir a carga microbiana presente na cavidade bucal, com o objetivo de reduzir o processo inflamatório já instalado antes da intervenção cirúrgica proposta (por exemplo, extrações, instalação de implantes, cirurgia periodontal etc.). Esse processo pode ser aprimorado quando cremes dentais à base de digluconato de clorexidina são adicionados às medidas de higiene bucal dos pacientes durante períodos específicos de tratamento (por exemplo, durante o tratamento periodontal). Nesses casos, o uso do KIN Forte Gingival, com digluconato de clorexidina a 0,05%, pode ser uma opção prática para fornecer ou recomendar aos pacientes, sob a orientação de um dentista. 

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A indicação para o uso de enxaguatórios pós-cirúrgicos também está entre a classe de recomendações com bom nível de evidência científica para a prevenção de complicações infecciosas pós-cirúrgicas na odontologia. Após respeitar um período inicial de 48 horas para a formação e manutenção efetiva do coágulo sanguíneo no local da cirurgia, podem ser introduzidos enxaguatórios bucais com efeito antimicrobiano. Seu uso tem o objetivo de reduzir a formação de biofilme na ferida cirúrgica e nos pontos. Nesses casos, o dentista pode indicar o Complexo Gengival KIN (pantenol, alantoína, CPC e digluconato de clorexidina a 0,12%) e/ou o uso combinado de gel de clorexidina e ácido hialurônico nos locais de extração ou gengivoplastia (por exemplo, PerioKIN Hyaluronic). 

Na prevenção e no tratamento de eventos hemorrágicos orais, os fatores de risco identificados na anamnese são de fato essenciais. Isso inclui a solicitação e a avaliação corretas de exames complementares, quando indicados com precisão pela anamnese. Entretanto, mesmo após a avaliação clínica cuidadosa do paciente e de seus exames complementares, podem ocorrer eventos hemorrágicos devido à presença de fatores etiológicos locais (por exemplo, variações anatômicas, vasos maiores, aumento da fibrinólise local devido a infecções e processos não inflamatórios tratados). Nesses casos, é essencial combinar a experiência técnica com a disponibilidade de métodos hemostáticos locais pré-selecionados.

Métodos hemostáticos locais

Entre os métodos hemostáticos locais mais citados e pesquisados na literatura científica, destaca-se o ácido tranexâmico. Em sua formulação atual(Kin Exogel), permite maior substantividade e ação local sem aparente absorção sistêmica, pois seu veículo está na forma de um gel bioadesivo oral. Seu uso pode ser de grande ajuda em procedimentos alveolares e gengivais, ou após biópsias, principalmente quando combinado com suturas maciças. Ele age inibindo o processo de fibrinólise local e a saliva sobre o coágulo cirúrgico recém-formado. Dessa forma, o ácido tranexâmico permite que o coágulo se estabilize antes de ser rapidamente dissolvido pelas proteases do sistema fibrinolítico presentes na saliva humana.

É importante observar que, para obter uma excelente hemostasia, devemos sempre usar a técnica cirúrgica menos traumática possível, com reposicionamento adequado dos retalhos e coaptação das bordas, além de sutura adequada.

O cirurgião desempenha um papel fundamental no controle local e nos cuidados para evitar complicações pós-cirúrgicas, interpretando problemas sistêmicos e planejando seus procedimentos com medidas locais eficazes, combinadas com orientações claras e eficientes aos pacientes.

BIBLIOGRAFIA

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