O papel do CPC na redução do risco de transmissão do COVID-19 na prática odontológica

Autor: Rosa María Escolano Alconchel

Presidente da Hides Catalunya

Summa Cum laude em Higiene Dental

FEHD 5019

Contágio do CPC COVID-19

Assim como a maioria dos profissionais de saúde, os profissionais de saúde bucal estão expostos a infecções durante seu trabalho, pois, de acordo com vários estudos, uma das mais importantes vias de entrada do COVID-19 no corpo é a boca.

Nosso trabalho é um dos mais importantes, pois aconselhamos e garantimos que nossos pacientes mantenham uma boa saúde bucal. Sabemos que quanto maior o grau de comprometimento da cavidade bucal, maior o risco de sofrer de doenças pulmonares ou sistêmicas, incluindo a temida COVID-19.

Sabemos que o nível de contágio é muito alto devido às características do próprio vírus, bem como às lesões que ele produz depois de se estabelecer em nossos corpos.

Como podemos trabalhar com segurança no consultório odontológico?

A profissão envolve duas partes distintas: os profissionais, dentistas e higienistas, e os pacientes. A segurança do tratamento deve ser a mesma para ambos.

As barreiras físicas de biossegurança são bem conhecidas por nós e geralmente as colocamos em prática: usamos luvas, máscaras, óculos de proteção, chapéus, etc. No entanto, não estamos totalmente protegidos, pois as evidências mostram que um grande número de profissionais de saúde foi infectado e sofreu com COVID-19.

No entanto, há alguma barreira adicional que possamos usar no consultório odontológico para reduzir esse risco de contágio?

Sim, são barreiras químicas, incluindo o uso de cloreto de cetilpiridínio (CPC).

Explicamos acima que há duas partes envolvidas no desenvolvimento da profissão:

1) O profissional : durante seu dia de trabalho, o profissional assume um novo risco de contágio a cada exposição a cada paciente que trata.

2º) O paciente: Ele está totalmente desprotegido sem a barreira física de biossegurança mais importante (ou seja, a que cobre a boca e o nariz), pois o tratamento odontológico é incompatível com o uso de máscaras, telas ou qualquer proteção da cavidade oral por razões óbvias.

Na situação real do dia a dia na clínica odontológica, a melhor prevenção é garantir que ambas as partes, profissional e paciente, usem todas as barreiras possíveis. No que diz respeito à parte química, o profissional fornecerá ao paciente um enxaguante bucal contendo CPC antes de iniciar o tratamento a que ele será submetido. Essa simples ação ajuda a reduzir a carga viral na boca, diminuindo assim a probabilidade de transmissão do COVID-19.

A CPC degrada a membrana lipídica que cobre o vírus, causando sua inativação e impedindo que ele se ligue aos receptores na cavidade oral.

Recomenda-se que o profissional, antes de iniciar o trabalho, realize o mesmo procedimento: enxágue a boca com um enxaguante bucal contendo 0,05% de CPC. Uma opção poderia ser o GingiKIN B5, pois seu efeito dura de 3 a 5 horas. Recomenda-se repetir a mesma ação no final do dia.

Devemos considerar que há um grupo de pacientes assintomáticos, que não apresentam sinais da doença, mas são portadores do vírus. Esses pacientes são de alto risco para a clínica odontológica porque não sabem que têm a doença, daí a importância de tratar todos os pacientes sob o protocolo mais seguro.

O momento mais vulnerável da consulta é quando o paciente precisa remover a máscara para iniciar o tratamento, portanto, esse é o momento certo para tomar as medidas preventivas adequadas, que devemos garantir que sejam eficazes. Recomenda-se fornecer ao paciente um enxaguante bucal contendo CPC 0,05%, verificando se ele é enxaguado durante o tempo mencionado acima e explicando que ele deve atingir todas as áreas da boca, inclusive instruindo o paciente a gargarejar, se necessário.

Foi demonstrado que a CPC em cultura de células reduz a carga viral em até 99,9%.

Vantagens do uso do CPC 0,05% em relação ao peróxido de hidrogênio e à iodopovidona.

Em primeiro lugar, o que é o cloreto de cetilpiridínio (CPC)? É um componente antisséptico usado em diferentes formulações e encontrado em enxaguatórios bucais de higiene oral. É um derivado de amônio quaternário, com efeito germicida.

Há várias vantagens no uso do CPC em relação ao peróxido de hidrogênio e à iodopovidona:

1) Durabilidade: o efeito do CPC na cavidade oral é mais prolongado em comparação com os ingredientes químicos mencionados acima.

2º) Sabor: o CPC é um antisséptico que normalmente está presente em enxaguatórios bucais. Esses enxaguatórios são formulados para ter um sabor agradável.

3º) Tolerância: O paciente é mais receptivo e tolera melhor o tempo de enxágue, não apressando sua expulsão da boca.

4º) Eficácia: nos enxaguatórios bucais, o CPC é combinado com outros ingredientes que proporcionam benefícios e reforçam sua ação, como a clorexidina, provitaminas etc.

5º) Continuidade: devido ao conjunto de vantagens mencionadas acima, esse é o momento de o dentista e o higienista estabelecerem os fundamentos da higiene bucal no paciente. Essa é a base sobre a qual será construída a continuidade, criando um hábito de conduta na vida cotidiana do paciente. Em outras palavras, que todas essas medidas preventivas e de segurança que estabelecemos durante a consulta vão além de sua permanência na clínica e podem ser prolongadas em casa e em sua vida diária.

6) Conforto: é importante que o paciente tenha uma sensação de bem-estar após o enxágue. Isso o motivará a não baixar a guarda em termos de higiene bucal. É importante dar mais atenção a esse aspecto, pois ele é um fator condicionante fundamental em termos de prevenção com relação a COVID-19.

7º) Tolerância: o CPC é um antisséptico que não apresenta efeitos colaterais significativos e, portanto, é recomendado para uso diário.

Portanto, pode-se dizer que, dadas as vantagens do CPC em relação a outros compostos químicos, seu uso como antisséptico na prática odontológica é recomendado.

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A função do dentista/higienista com relação ao CPC:

A educação em saúde é responsabilidade dos profissionais. O paciente não está ciente das diretrizes a serem seguidas para a prevenção de qualquer doença bucal, incluindo tudo relacionado ao COVID-19.

Para poder aconselhar adequadamente os pacientes, é necessário conhecer dois conceitos básicos para reduzir o risco de contágio na sala de consulta:

Como o COVID-19 pode ser transmitido durante o tratamento odontológico?

A saliva é um transmissor de alto risco, pois o vírus geralmente se estabelece nas glândulas salivares. Portanto, o maior risco de contágio ocorre durante os procedimentos que geram aerossóis, pois o vírus é capaz de se deslocar nas gotículas produzidas, aumentando o risco de contágio para o dentista.

¿Como o CPC atua como o antisséptico preventivo mais eficaz contra COVID-19?

O que acontece na cavidade oral durante o tempo de enxágue? O CPC age por contato, reagindo contra os germes, por isso é aconselhável respeitar o tempo que o enxaguante bucal deve ser mantido na boca, por 30 segundos, e certificar-se de que o enxágue atinja todas as estruturas da boca (palato duro e mole, língua, assoalho da língua, mucosa jugal, assoalho vestibular, tuberosidades, estruturas retromolares, início da garganta etc.). Também é importante compartilhar essas informações com o paciente, pois o conhecimento dessas informações fará com que ele siga nossas recomendações.

Há um grupo de pacientes que ainda não mencionamos, ou seja, aqueles que sofrem de doença periodontal. Esse setor da população está muito desprotegido contra a possibilidade de contágio, devido à predisposição ao sangramento pela própria doença, caso o vírus se instale na cavidade oral, sendo essa a via perfeita de entrada na corrente sanguínea.

Nesses casos, o melhor agente químico que podemos oferecer como adjuvante aos nossos pacientes é a clorexidina. O KIN Gingival Complex nos dá a opção de nos beneficiarmos do uso de ambos os componentes: clorexidina 0,12% e CPC 0,05%. Além disso, o paciente pode se beneficiar de seu efeito tonificante e hidratante sobre as membranas mucosas e as gengivas.

O uso dessa combinação no mesmo enxaguante bucal na clínica odontológica nos dá a certeza de que o paciente não sofrerá riscos desnecessários durante o tratamento.

O COVID-19 gerou uma série sem precedentes de emoções negativas nas pessoas: medo, angústia, ansiedade, estresse, etc. Sabemos que um dos fatores que fazem com que os pacientes relutem em ir ao consultório do dentista é o medo. Portanto, nesses tempos de pandemia, é importante que tanto o dentista quanto o higienista transmitam segurança ao paciente diante desses dois medos: o medo habitual e o medo do contágio. Devemos ser capazes de romper essas barreiras que os impedem de enfrentar o tratamento bucal com segurança e tranquilidade, e devemos fazê-lo com base em nosso conhecimento e comunicação dos protocolos utilizados para tornar a clínica odontológica um espaço seguro para seu atendimento.

BIBLIOGRAFIA

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